15 de set. de 2011

REVALIDAÇÃO DIPLOMA ESTRANGEIRO


Nossa luta na defesa da revalidação de diploma estrangeiro de médicos continua.
Somos absolutamente contra a realização de quaisquer provas para avaliar a capacitação dos médicos, inclusive, as que estão sendo realizadas através do Projeto Piloto porque o objetivo é reprovar os profissionais graduados no exterior.
A tese que sustentamos é a da equivalência curricular em sentido amplo - e essa sempre existe - quando os currículos e conteúdos programáticos são analisados com imparcialidade e cientificidade.
Embora tenhamos obtido expressivas vitórias no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Brasília, as dificuldades enfrentadas pelos médicos no momento da revalidação do diploma, indepentedente do país onde o profissional estudou, são intransponíveis nas universidade públicas.
Por essa razão, os médicos são obrigados a buscar a proteção jurisdicional para proteger o direito de trabalhar no Brasil.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional não está sendo observada pelos agentes públicos.
É notório que existe carência de médicos em todo o país, especialmente, nas cidades do interior onde os doentes são obrigados a deslocarem-se para os grandes centros e enfrentarem filas intermináveis para serem atendidos.
Lamentavelmente muitos médicos, até com especialização, estão sendo aconselhados e até induzidos  a voltar aos bancos escolares depois de formados para complementar carga horária nas universidades públicas e particulares, com gastos desnecessários e prejuízos morais irreparáveis.
O discurso dominante é de que os médicos com diploma estrangeiro colocam em risco a saúde da população. Essa assertiva não é verdadeira porque as Faculdades de Medicina de outros países tem carga horária, conteúdo programático e qualidade de ensino de excelência, tanto é assim que os médicos formados no Brasil costumam realizar cursos de especialização no exterior.
Felizmente o Poder Judiciário tem sido sensível à causa dos médicos e ao clamor da sociedade que está a exigir atenção às questões de saúde pública e a Presidenta da República Dilma Roussef também está atenta aos problemas que obstaculizam a revalidação dos diplomas estrangeiros.
Estamos otimistas porque em breve será reconhecido em nosso país que não existem fronteiras em matéria educacional, especialmente, quando se trata de salvar vidas.
Sugerimos aos médicos que não desanimem e confiem no Poder Judiciário e nas medidas que estão sendo adotadas para corrigir o grosseiro erro do Projeto Piloto que resultou em reprovação em massa dos médicos que realizaram as provas.
Para concluir é bom lembrar que em Portugal, Espanha e outros países europeus os médicos formados no Brasil, Colômbia, Cuba, Uruguai, Argentina e quaisquer outros países da América são muito bem aceitos.

Wanda Siqueira

23 de ago. de 2011

A falta de médicos nas emergências continua enquanto médicos com diploma estrangeiro continuam sendo discriminados.


Você sabia que os médicos formados no Brasil não precisam fazer exame para trabalhar como clínico geral ?


Por que exigem provas  somente aos médicos portadores  de diploma estrangeiro se a formação no exterior é excelente?


Os diplomas estrangeiros são válidos aqui e o que a LDB exige é a que as universidades revalidem os diplomas cujos documentos sejam fidedignos para evitar falsificações e esse procedimento é feito nos consulados.


Leia e entenda porque a ONU recomendou que a família da vítima seja indenizada.


Se todas as famílias de vítimas forem indenizadas faltará dinheiro nos cofres públicos porque diariamente morrem pessoas por falta de atendimento médico em nosso país.


 Qui, 18 de Agosto de 2011 05:53


Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil


Brasília - Nove anos depois da morte de Alyne Pimentel Teixeira em um hospital de Belford Roxo, no Rio de Janeiro, o Comitê de Acompanhamento da Implementação da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres, ligado à Organização das Nações Unidas (ONU), enviou ao governo brasileiro recomendações para que a família da vítima seja indenizada e novos casos de desassistência a mulheres grávidas sejam evitados.


Em novembro de 2002, Alyne Teixeira estava grávida de seis meses quando procurou o hospital e não recebeu atendimento. O bebê morreu, a paciente passou por um parto induzido e morreu dias depois.


A ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, disse hoje (17) que o governo ainda não foi notificado oficialmente pelo comitê da ONU. Nos últimos anos, lembrou, o país tem ampliado o atendimento à saúde materna e reduzido índices de mortalidade de mães e crianças.


“Esse caso é uma situação gravíssima, que não orgulha nosso país. No entanto, temos em curso no Brasil um plano claro de atendimento materno infantil para reverter esse quadro, feito para reduzir amplamente a mortalidade materna, atendendo situações de risco e ampliando atendimento pré natal”, disse a ministra.


Segundo Maria do Rosário, os investimentos de R$ 9,4 bilhões no programa Rede Cegonha, criado em março, deverão fortalecer as medidas de assistência materna e de crianças de até um ano, atendendo às recomendações da ONU. “Estamos preparando essas respostas para apresentar à ONU e queremos convidar o comitê para que venha ao Brasil o mais rápido possível para ver in loco as mudanças que estão em curso.”


Edição: João Carlos Rodrigues